Jorge Paiva, Univ. de Coimbra.

Os riscos de uma alimentação industrializada

A designada “Revolução Verde” foi iniciada como a panaceia que resolveria o problema da fome, através de processos de cultivo intensivo e industrializado (monocultura). Actualmente, utiliza-se na alimentação somente 1% das espécies de plantas, quando já foram utilizadas 7 mil espécies. Mas, devido aos processos e interesses actuais, a alimentação humana utiliza, hoje em dia, praticamente 20 espécies de plantas. O mesmo está a acontecer com a produção animal. Hoje em dia, a pecuária intensiva e industrializada baseia-se em algumas espécies de ruminantes (bovinos, ovinos e caprinos), na suinicultura, na avicultura e na piscicultura. Aqui também os animais estão tão altamente seleccionados, que muitas raças e espécies correm sérios riscos de extinção com a consequente uniformidade genética, o que, também, constitui um elevadíssimo risco para a sobrevivência da Humanidade. Estamos, actualmente, em plena “Revolução Biotecnológica” com os designados seres transgénicos. Tal como com a “Revolução Verde”, a “Revolução Biotecnológica” está a ser propagandeada como a panaceia de poder resolver o problema da fome, parecendo não haver contra-partidas. Com a “Revolução Biotecnológica” já aconteceram intoxicações e até mortes com substâncias químicas produzidas por seres transgénicos, particularmente bactérias. Não sabemos ainda o que resultará da “fuga” de genes desses seres para os seres vivos selvagens. Podem ocorrer transformações genéticas com resultados drásticos e irreversíveis nos ecossistemas naturais. No entanto, tal como aconteceu com a “Revolução Verde”, minimizam-se as consequências e propagandeia-se que se resolverá o problema da fome.

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