MISSÃO CIENTÍFICA BOTÂNICA EM TIMOR-LESTE
No âmbito do projecto “Contribuição para a gestão dos recursos florísticos de Timor-Leste”, financiado pela FCT e coordenado pela Prof.ª Helena Silva, deslocaram-se aquele recente país asiático dois investigadores: o Prof. Paulo Silveira, do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, e o Prof. Jorge Paiva, investigador principal aposentado do Departamento de Botânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. |
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As crianças são, em geral, alegres e sem sinais de debilidade física |
Esta primeira missão teve como objectivo efectuar um reconhecimento preliminar do estado de conservação da vegetação, estabelecer as metodologias de trabalho aplicáveis em futuras missões, recolher uma primeira colecção de espécimes de herbário, a depositar no herbário das Universidades de Aveiro, Coimbra e da Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL), e iniciar uma colaboração com docentes desta última Universidade no sentido de estudar os recursos florísticos daquele país e criar o primeiro herbário de Timor-Leste. |
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Apesar de algumas dificuldades enfrentadas nesta missão preparatória, foi já possível colher mais de 230 espécimes vegetais e percorrer a maioria do território de Timor-Leste. As primeiras impressões recolhidas evidenciaram um grau relativamente elevado de degradação da vegetação na maioria do território, resultantes, sobretudo, da destruição provocada pela guerra e exploração não planeada dos recursos.
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A pobreza aguça o engenho, como se pode constatar nesta foto através das bacias improvizadas com velhos pneus |
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O exemplo que é, talvez, mais significativo é o do Sândalo, árvore de madeira aromática, altamente valiosa, que motivou a colonização pelos Portugueses e foi quase completamente dizimada pelos invasores Indonésios que a arrancaram até à raiz para transplantar para o seu território. As áreas melhor conservadas parecem encontrar-se nos extremos Ocidental e Oriental de Timor-Leste e em algumas regiões montanhosas mais acidentadas, como os Montes Perdidos. |
Dili é uma cidade onde o trabalho de reconstrução e ordenamento a efectuar é ainda muito. Abundam animais domésticos à solta pela cidade, o que, apesar de “curioso”, não será muito aconselhável do ponto de vista sanitário.
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Pelo contrário, a quantidade e diversidade de aves é extremamente baixa, sobretudo, quando comparada com a existente nas áreas urbanas do norte da Austrália, que partilha um clima bastante semelhante. No entanto, a geral simpatia do povo Timorense, as belas e agradáveis praias da costa norte e a beleza rústica das povoações tornam este País bastante agradável. | |
O colorido e diversidade é um dos atractivos dos mercados 'espontâneos' de Dili e outras povoações Timorenses
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