Biologia no Verão: actividades do Departamento muito concorridas

No seu segundo ano consecutivo, a Biologia no Verão volta a ser um sucesso. O Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro organizou as seguintes actividades como contributo para esta iniciativa, dinamizada a nível nacional pela Agência Ciência Viva.  

 

A BIODIVERSIDADE NO BAIXO VOUGA LAGUNAR 

CONHECER O ARBORETO DO JARDIM DE SERRALVES (Porto) 

Brama dos Veados na Serra da Lousã 

A flora da Serra do Açor: passado, presente e perspectivas futuras de conservação

Relevância da Frecha da Mizarela e vegetação envolvente

A RIA DE AVEIRO COMO ZONA HÚMIDA – aspectos da sua flora e vegetação.

 

A BIODIVERSIDADE NO BAIXO VOUGA LAGUNAR

Responsável: Rosa Pinho 

Colaboradores: Paulo Silveira e Lísia Lopes

Com idades compreendidas entre os 19 e os 68 anos, os participantes desta actividade, foram ao encontro de uma das mais belas paisagens da região. 

    

 

Os participantes puderam desfrutar de um mosaico rural, em que a diversidade de habitats e espécies é elevada. Flora e fauna estão em perfeita cumplicidade.

 

 

CONHECER O ARBORETO DO JARDIM DE SERRALVES (Porto)

                                                                                                           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

data: 16 Setembro

Responsável: Rosa Pinho

Colaboradores: Paulo Silveira e Lísia Lopes

 

Mais uma vez, fomos aos jardins de Serralves dar a conhecer árvores, arbustos, sub-arbustos e mesmo herbáceas, que fazem deste jardim um dos mais belos e bem preservados de Portugal.  A iniciativa de uma actividade no Parque de Serralves surgiu na sequência do Projecto que tem sido desenvolvido pelo HERBÁRIO e pela UNAVE, de localização (SIG) e identificação da flora do Parque.

Os participantes desta actividade deslocaram-se dos mais diversos pontos do pais

A actividade iniciou-se com uma visita guiada da responsabilidade do Parque de Serralves, onde foram abordados, sobretudo os aspectos históricos.

 

Brama dos Veados na Serra da Lousã 

 Repetindo o sucesso obtido no ano transacto, realizaram-se este ano quatro acções integradas no programa Biologia no Verão, promovido pela Agência para a Cultura Científica e Tecnológica - Ciência Viva. As acções decorreram, nos dois últimos fins-de-semana de Setembro, na Serra da Lousã e contaram com a participação de mais de 40 pessoas interessadas em acompanhar a Brama dos Veados (Cervus elaphus) neste ecossistema montanhoso.

    As re-introduções das populações de cervídeos nesta Serra, projecto que teve o seu início em 1994, com a coordenação, na altura, do Prof. Amadeu Soares, tem agora vindo a ser coordenado pelo Dr. Carlos Fonseca, Assistente Convidado do nosso Departamento.            

    Provenientes dos mais variados locais do país (Barreiro, Porto de Mós, Ovar, Gaia, Ílhavo, Sesimbra, Seia, Ourém, Entroncamento, Leiria, Coimbra e Aveiro) todos participantes tiveram a oportunidade de efectuar excelentes observações de veados, ao percorrerem os vários trilhos cuidadosamente definidos para este efeito. Todos os animais observados foram registados em fichas, incluídas num Caderno de Campo concebido para estas acções. Estes registos serão posteriormente processados e utilizados como contributo para uma gestão mais eficiente e sustentada desta população de ungulados.

    O entusiasmo e interesse dos participantes ficou bem patente nos resultados dos inquéritos efectuados. À semelhança do que aconteceu no ano passado, foi unânime (e mesmo entusiástica) a sugestão da continuidade deste tipo de acções.

    O sucesso destas acções deve-se, também, à preciosa colaboração de Estefânia Lopes, António Silva e Joana Alves, estudantes de Biologia, bem como ao apoio concedido pela Direcção Regional de Agricultura da Beira litoral e da Câmara Municipal da Lousã, apra além do próprio apoio da Agência Ciência Viva. 

    Para além de um outro órgão de informação, bastante prestigiado internacionalmente na área do ambiente e que se publica em Portugal, que publicará, em 2004, uma reportagem fotográfica sobre os veados da Serra da lousã, acompanhada de um artigo escrito pelo Dr. Carlos Fonseca, esteve, uma vez mais, presente uma equipa de reportagem do Trevim, Semanário Lousanense, que publicou uma notícia sobre as acções na edição de Quinta-Feira, 2 de Outubro.

 

A flora da Serra do Açor: passado, presente e perspectivas futuras de conservação

 

Datas: 25 e 27 de Agosto de 2003

Locais visitados: Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor (Fraga da Pena e Mata da Maragaraça); Bosquetes de Vila Cova do Alva e povoação de Piódão.

 

Responsável pela acção: Paulo Silveira

Colaboradores: Rosa Pinho, Lísia Lopes & Sílvia Castro

No seguimento de uma mesma actividade realizada à Serra do Açor no ano passado e que teve uma boa aceitação da parte do público, este Verão propuseram-se duas visitas a áreas das serranias do Açor. Uma, no dia 25 de Agosto, à Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor e outra, no dia 27 do mesmo mês, aos bosquetes de Vila Cova do Alva e ao Piódão.

A primeira envolveu a visita à Reserva de Recreio da “Fraga da Pena”, ainda depositária de alguns exemplares notáveis de Azereiro (Prunus lusitanica subsp. lusitanica), aderno (Phillyrea latifolia) e carvalho-roble (Quercus robur).

 

 

 

 

 

 

Azereiro (Prunus lusitanica subsp. lusitanica)

Esta primeira parte da visita foi acompanhada por uma jornalista do diário O Público, tendo a reportagem daí resultante sido publicada no referido jornal do dia seguinte. Depois de uma pequena refeição nas imediações da aprazível cascata existente naquele local, seguiu-se uma tarde de contacto com a natureza, em plena Reserva Natural Parcial da Mata da Margaraça.

    Este bosque é considerado uma relíquia da vegetação primitiva, sendo, durante a visita, feita referência ao enquadramento histórico, aspectos etnobotânicos, situação actual e perspectivas futuras de conservação da flora vascular, entre outros valores naturais e patrimoniais presentes neste ecossistema.

 

                  Aspectos do Património

A segunda acção iniciou-se com uma visita a alguns dos bosquetes situados na envolvência de Vila Cova do Alva . 

 

 

 

 

 

 

 

 Vila Cova do Alva

As referidas manchas de vegetação arbórea são, tal como a Mata da Margaraça, relíquias da vegetação primitiva da Serra do Açor, variando entre si e relativamente à referida mata um pouco na composição de espécies, quer do estrato arbóreo, quer do herbáceo. Merecem, por isso, todas uma especial atenção com vista à preservação de toda a riqueza biológica que encerram, para proveito das actuais e futuras gerações. 

                                               

Merecem especial destaque a presença nestas áreas de árvores como a zêlha  (Acer monspessulanum) e herbáceas como a betónica-bastarda (Melittis melyssophyllum L. subsp. melyssophyllum) e o Sêlo-de-Salomão (Polygonatum odoratum).  

                                                                                                                                                                                                                                                                                  

Zêlha (Acer monspessulanum)

                                                                                                                                                                 ESPREITAR O ÁLBUM COMPLETO DA ACÇÃO

 

Relevância da Frecha da Mizarela e vegetação envolvente

                                                                                                                                                     

Data: 29 de Agosto de 2003

Locais visitados: Frecha da Mizarela (Albergaria da Serra) e afloramento das “Pedras Parideiras” junto a Castanheira da Serra.

 

                            “Frecha da Mizarela”  

Responsável pela acção: Paulo Silveira                                                                                                    

Colaboradores: Rosa Pinho, Lísia Lopes & Sílvia Castro

 

Além da imponência paisagística e relevância geomorfológica, a cascata habitualmente designada por “Frecha da Mizarela” está rodeada por uma vegetação natural relativamente bem preservada que urge conhecer, valorizar e conservar. Foi, por isso, realizada uma visita, enquadrada na Biologia no Verão, com o objectivo de dar a conhecer este local a um público mais amplo, por vezes sem meios para explorar locais mais inacessíveis e com uma beleza algo inesperada. Procurou-se, ainda, transmitir que locais como este apresentam elevado valor biológico pela vegetação singular que apresentam, que não só resistiu às glaciações mas também à destruição levada a cabo pelo Homem, sobretudo na Idade Média, por abate de árvores e extensas queimadas para pastorícia e agricultura. Apesar da pouca colaboração de “São Pedro”, esta visita foi alvo de uma ampla participação e entusiasmo.

 

O objectivo destas actividades tem sido o de dar a conhecer a importância do património biológico conservado nestes locais, procurando efectuar o enquadramento histórico-cultural das áreas visitadas e fornecer diversas informações de cariz etnobotânico, de forma a integrar o Homem na natureza e realçar a sua dependência face aos restantes seres vivos, sobretudo as plantas.

ESPREITAR O ALBUM COMPLETO DA ACÇÃO                            

A RIA DE AVEIRO COMO ZONA HÚMIDA – aspectos da sua flora e vegetação.

Responsável: Rosa Pinho

Colaboradores: Paulo Silveira e Lísia Lopes

  No período da manhã, fomos visitar um sapal no canal de Mira, foram vários os aspectos focados em relação à Ria de Aveiro, como: a sua formação, evolução, a sua importância para a região (Biótopo CORINE, ZPE), quais os habitats existentes na laguna, a importância da sua flora e adaptações ao habitat, quais os constituintes do moliço e as suas aplicações. Uma vez que o sapal escolhido para esta actividade, faz parte do local onde pretendem instalar o Complexo Imobiliário denominado “Marina da Barra”, este tema foi devidamente debatido nesta saída de campo,  onde esteve presente o porta voz do Movimento pelo Futuro da Barra Dr. Jorge Guerra. Tivemos também a presença de jornalistas, sendo esta actividade notícia do JN no dia 19/09.

Ainda no período da manhã o grupo percorreu parte do Canal de Mira, observando fauna e flora e fez uma visita ao Banco de ostras da Costa Nova.

 

No período da tarde, fomos visitar as dunas da Costa Nova, onde pudemos observar a flora dunar , salientando a sua importância na fixação das areias e as suas adaptações para sobreviverem num habitat tão hostil. .

                                                                                                               PÁGINA INICIAL